domingo, 26 de dezembro de 2021

 

A Reliquia da Freguesia do Rego, Celorico de Basto.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Com a devida vénia do Autor

Esta relíquia, só existe na freguesia do Rego e na feguesia de Caçarilhe. No concelho de Celorico de Basto, não há mais nenhuma igreja matriz igual no concelho de Celorico de Basto.

Por isso, a considero uma relíquia, é digna da nossa atenção.

A nossa igreja, devia ser o Cartão de visita da freguesia do Rego, porque no concelho de Celorico de Basto, só á outra igreja Matriz, igual á da paróquia da freguesia do Rego.

No distrito e Diocese de Braga, que eu tenha conhecimento, só existem três igrejas construídas nos mesmos moldes. A nossa e mais duas, são as únicas igrejas matriz que eu conheço e suponho não existir mais nenhuma igreja Matriz, igual no país e provavelmente noutras Dioceses
A igreja Matriz da paróquia da freguesia de São Vicente, Diocese de Braga, é igual á nossa, construída no Sec. XVI.



                         Igreja Matriz de São Vicente da diocese de Braga

 

É possível que, a partir da publicação desta relíquia, nas Memórias da freguesia do Rego, as televisões, jornais e outros meios de comunicação, venham á freguesia do Rego, conhecer esta Relíquia e a divulguem, porque se trata duma joia rara.

A igreja da Paróquia do Rego, foi alterada na década de quarenta, no sacerdócio do Sr. Abade José Gomes Júnior, foi restaurada e ampliada a sacristia.




Com a devida vénia do Autor                  Igreja vista de angulo diferente, do lado direito

 


Na igreja da Paróquia da freguesia do Rego, também se fizeram grandes obras, de ampliação, e restauro; durante o sacerdócio do saudoso, Padre António Gomes Lima.


A igreja foi ampliada, restaurado o coro, a abóboda, retábulos e talhas.

Também, foi demolido o antigo muro alto e portões e construído um novo muro mais baixo, com várias entradas para o adro. A igreja antes da restauração, tinha duas entradas, uma junto á torre, com duas grandes árvores e a outra entrada, ao fundo do muro.

Coloco novamente aqui a foto da igreja, para se ver as alterações, daquelas ampliações.


Com a devida vénia do Autor



             A igreja vista em toda a sua dimensão e o Passal visto ao longe.

A igreja da Paróquia da Freguesia do Rego, foi ampliada e restaurada, durante aqueles sacerdócios, que citei e possivelmente teve outras restaurações, durante os seus séculos de vida. Mas, nenhuma restauração, ampliação ou outras obras, lhe retiraram as caraterísticas, que a habilita a RELIQUIA DA FREGUESIA DO REGO.

 

Vou publicar aqui, fotos de algumas igrejas Matriz e de paróquias dos concelhos, Celorico de Basto, Fafe, Braga e Portimão, para confrontarem aquelas igrejas, com a nossa Joia.


Igreja Matriz de Caçarrilhe


Igreja Matriz de paróquia de Fafe

 




Igreja Matriz de Celorico de Basto                         



  Igreja Matriz paróquia de Canedo



Igreja Matriz da paróquia de Veade          


Igreja Matriz da paróquia de Mexilhoeira Grande

 

Como podem observar nas fotos acima publicadas, as torres dos sinos, daquelas igrejas, estão sempre junto da porta principal, naquelas igrejas. Podem estar, uma torre de cada lado, no caso da paróquia ter duas torres, ou por cima da entrada principal se tiver uma torre ou também ao lado, mesmo em igrejas com quatro torres.

 Em nenhuma daquelas igrejas, vêm a torre do sino, junto do altar mor do Santíssimo.

Todas as igrejas Matriz têm sempre as torres do sino, na entrada principal.


A relíquia da paróquia da freguesia do Rego e da paróquia da freguesia de São Vicente, são joias raras. Muito dificilmente encontram igrejas Matriz, construídas naquela época, com aquela arquitectura. A torre do sino, construída junto ao altar mor do Santíssimo.   

                                                       

A relíquia da freguesia do Rego, já se encontra disponível, neste lindo azulejo, de Armindo Carvalho, no lugar da Costinha, nesta linda residência.






Devido a minha avançada idade, 89 anos, com a Relíquia da freguesia do Rego, termino as minhas publicações, para fazer este trabalho, já abreviei muita coisa.

Matosinhos, vinte e sete de Outubro de 2021


Ambrósio Lopes Vaz




TRANSCRIÇÃO de um artigo de OPINIÃO, escrito por um Homem de Direita, em 18 de Fevereiro de 2021, sobre Ambrósio Lopes Vaz , com  referencias a MEMÓRIAS DA FREGUESIA DO REGO

 

"O velho comunista olhado por um tipo de direita

fevereiro 18, 2021

A ideia de escrever sobre o velho comunista já tem algum tempo. Nasceu numa viagem que fiz à festa do “Avante!”. Durante algum tempo servi de motorista a dois velhos comunistas, já algo cansados, que não tinham capacidade para ir “à Festa”, como eles dizem, sozinhos.

Ir à “Festa do Avante!”, eu que sou assumidamente de direita, não me preocupa.

É um local aprazível, de convívio, com iniciativas interessantes e outras nem por isso. Encontro pessoas de uma área política nos antípodas da minha, algumas que se tornaram minhas amigas, que me respeitam, com algum paternalismo. E diga-se, em abono da verdade, que não tenho que esconder os meus pensamentos liberais!  

 

 

Numa dessas viagens fiquei fascinado pela história de vida do velho comunista. Após um início de conversa de surdos, em que eu afirmava que aquela cor era preta e o velho comunista afirmava que aquela cor era branca, rapidamente me apercebi que a conversa não levava a lado nenhum e que estaria a perder uma oportunidade que provavelmente nunca mais me surgiria. E então entrei embrenhei-me nas suas histórias e na história.

O velho comunista é um homem de meia altura, entroncado, aspeto rude e bigode farto. Apesar da sua quarta-classe de adultos, tirada na década de cinquenta na Fábrica dos Carrinhos, na Senhora da Hora, e do terceiro ano da Escola Industrial de Matosinhos, é mais culto e erudito que muitos de nós, que debitamos frases soltas apanhadas nas redes sociais e assim parecemos aquilo que não somos.

Nasceu, lá pelos anos trinta do século passado, numa família indigente que a muito custo lhe permitiu chegar à terceira classe, o que foi uma sorte, pois assim a sua fome ia sendo mitigada, às escondidas, pela professora.

(É triste que não tenhamos aprendido nada e que em pleno século XXI ainda existam escolas que tenham de ficar abertas, para dar de comer a crianças com fome.)

Naquele tempo nem todos tinham direito a ir à escola. As carteiras eram ocupadas, em primeiro lugar, pelos filhos e filhas dos lavradores e pessoas importantes ligadas ao regime, depois pelos filhos dos caseiros e, se sobrasse espaço em redor das carteiras, pelos filhos dos indigentes. Entenda-se como indigente aquele que vive na pobreza, sem recursos financeiros.

O velho comunista conviveu também com um conceito de autoridade bastante enviesado. A autoridade era exercida pelo “juiz de paz”. Esta figura tanto poderia ser o conservador do registo civil, o professor, se fosse do sexo masculino, ou, na ausência destes, uma pessoa “idónea” nomeada pelo ministro da justiça. Uma pessoa “idónea” inevitavelmente ligada ao regime!

(ministro e justiça propositadamente com letras minúsculas).

 

Com o futuro comprometido, nada mais restou ao rapaz do que fazer-se homem muito cedo e ter de imigrar para a periferia da cidade do Porto, para criado de servir. Isto foi meio caminho andado para a profissão de operário. E os operários continuavam a lidar com uma autoridade musculada e uma repartição da mais-valia um pouco inclinada de mais.

A sua vida foi um contínuo sobressalto, entre fugas à polícia, insurgências na surdina e uma militância sindical exaustiva antes e depois do 25 de abril. E eu escutei, fascinado, histórias que não julguei possíveis.

Eu bem queria explicar ao velho comunista que os paraísos cantados em que ele acredita não existem, do mesmo modo não existem vanguardas esclarecidas. Mas para quê, se o velho comunista não é um comunista.

O velho comunista, afinal, é um romântico!

(Este artigo é um agradecimento a todos os que lutaram para que vivêssemos num país mais justo. Ao mesmo tempo, este artigo é um repúdio a todas ideias xenófobas, racistas e incivilizadas, que ultimamente têm vindo a nos sobressaltar, estupidamente.) "





O pequeno burguês (que se assume por um tipo de direita) observado por um velho comunista.





O pequeno burguês, oriundo duma família de industriais, com seguros indícios, de na sua infância, ter sido uma criança mimada, rodeada de todos os cuidados e carinhos, adequados para o seu desenvolvimento, durante o seu crescimento.

É um Homem letrado, de trato fino, apetrechado com um alto grau de cultura, casado com uma professora de ensino superior e escritora dos livros destinados ao ensino nos liceus.

 

Tem duas filhas, já licenciadas, que conheço desde crianças.

O assumido (tipo de direita), está ligado pelo matrimónio, a uma modesta família. O sogro um prestigiado Caixeiro Viajante, a sogra uma operária de confeções. Deste matrimónio nasceram dois filhos, o João e a Célia, que receberam uma educação cuidada e também concluíram as suas licenciaturas de professores do ensino superior.

 O pequeno burguês, (assumido por um tipo de direita) casou com a professora Célia, filha dum velho comunista, José Afonso Serrão Henriques, meu amigo e camarada de longa data.

Daí nasceu o meu relacionamento, com o genro João Fonseca.

Em determinado momento da minha vida, foi detetado um cancro maligno galopante de VI grau. O meu amigo João Fonseca ao ter conhecimento da minha situação, pôs á minha disposição, um conceituado cirurgião, para me aconselhar o melhor caminho a seguir.

 Os Homens avaliam-se pelas ações que tomam em cada momento! Não é pela sua léria!




É verdade, que o pequeno burguês, nos levou várias vezes ao evento da festa do Avante e conviveu com aquele mar de gente, sem qualquer preconceito. 

Numa das vezes, eu na véspera tinha sido operado a uma vista e o amigo João Fonseca, na entrada do recinto da festa do Avante, levou-me ao posto médico para fazer tratamento e proteção na vista

Na festa acompanhou-me e transportou os livros e outras lembranças que comprei.

São gestos que nunca esqueci.

Sim. Durante a viagem encetamos diálogo sobre os ideais que defendemos e acreditamos

A história da “cor branca e cor preta narrada pelo pequeno burguês” corresponde a duas linhas paralelas, que jamais se encontram.

Os interesses do capital que explora quem trabalha, são totalmente opostos, aos daqueles que tudo produzem e em troca recebem um ordenado que por vezes só dá para a sua sobrevivência. 

O pequeno burguês, sem abdicar dos ideais que defende, é um homem sem palas. 

Não é sectário, transige no desenrolar da discussão, o que é próprio dum homem de caráter.

Caro Amigo João Fonseca, continuo a lutar por um mundo mais solidário.

Cordiais Saudações 





Ambrósio Lopes Vaz














2 comentários:

  1. Parabéns Sr. Ambrósio pelo seu trabalho, gostei muito seu blog. Um grande abraço de Armindo Fernando Carvalho

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    1. Caro Armindo Fernando Carvalho, muito obrigado pelo seu comentário. Retribuo o meu fraternal abraço.

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